À primeira vista, pouco mudou com as eleições da Madeira. Alberto João Mugabe Jardim ganhou com maioria absoluta de deputados – 25 para 22 de todos os partidos da oposição juntos. Desceu percentualmente em votos e perdeu a maioria absoluta em termos de votantes, mas isso é indiferente na prática. O que interessa é a composição na Assembleia Regional.
Tal como previsto, no próprio dia das eleições, conhecido o resultado, alterou o discurso. Antes dizia que não mudaria nada na Madeira – não ia despedir pessoal, não ia baixar salários, não ia diminuir os investimentos. No discurso da vitória já diz que o povo madeirense não pode pagar mais do que o povo do continente. Os partidos que perderam também dizem o mesmo.
Portanto a próxima luta do Mugabe vai ser para que as restrições sejam iguais às dos cubanos, apesar de os 200 mil madeirenses terem recebido mais regalias do que os 10 milhões de continentais.
O grande teste vai ser a discussão de quem paga quanto.
Assim, à segunda vista, também pouco mudou; vamos continuar a ter a presença constante de Jardim nos noticiários, a mandar as habituais bojardas para diminuir as perdas ao máximo.
Quem disse que é o fim de uma era, está enganado. A era Mugabe Jardim só acaba quando o homem desaparecer. E isso não irá acontecer nos próximos anos.
Habituem-se.
De Eu, portugues da madeira a 12 de Outubro de 2011
Desculpa, não seremos não. Acho que as patetices não são para se escrever. Sou madeirense, mas só há um hino que mexe comigo, só há uma língua que eu quero falar. Não votei AJJ , mas acho que quem quiser perceber este fenómeno, em vez de chamar burros e incultos e outras palavras simpáticas que às vezes vejo aqui, deveria 1º conhecer o que era a Madeira de 1976 e o que é hoje: era um torrão abandonado por Portugal no meio do atlântico, tal como os Açores. Foi isso que fez nascer a autonomia desejada durante pelo menos toda a república e que salazar fantasiou nos distritos autónomos Falem com os milhares de professores que passaram e ainda hoje passam pela Madeira no seu 1º emprego, porque aí não havia, e eles que vos contem. Quando se escreve há tempo para pensar, ao contrário de quando se fala. Não digam asneiras, nem o continental, nem o madeirense.
É verdade que somos tão portugueses como os continentais; É verdade que a exigir ( e se calhar bem) julgamento, há outros para lhe fazer companhia. Não há só deste lado do atlântico. E não, não vou entrar na discussão se Castelo Branco deve ser independente ou entregue a Espanha porque o anterior PM que nos trouxe à cratera em que estamos era de lá. Julgue-se o PM, deixe-se os albicastrenses em paz. Fora o litoral de Portugal onde estão as grandes empresas e o PIB é bem acima dos 100%, o litoral é onde vivem os portugueses que restam dos que fizeram os séculos deste país, que têm um PIB baixíssimo e precisam da solidariedade nacional, como Portugal precisa da solidariedade da Europa. A quota de Portugal para a UE é bastante inferior ao que recebe para realizar a coesão europeia.
É verdade que se sabe mais na Madeira acerca do Continente (que alguns dizem daí Portugal como se os daqui não o fossem) do que aí acerca das regiões autónomas
BASTA de asneiras, BASTA de sousas tavares que só vomitam ódio e que estão a criar uma situação insustentável neste país de 900 anos, pondo portugueses contra portugueses. Não aceitemos manipulações.
De ARPires a 12 de Outubro de 2011
Não se pode amar o que não se conhece e eu conheço felizmente a Madeira, assim como parte dos Açores e fiquei apaixonado pelas nossas ilhas.
Há muitos por aqui que não sabem o que dizem, logo meu caro compatriota, não lhes ligues, pois eles não sabem o que dizem...
De Maria a 12 de Outubro de 2011
Não percebi porque é que se refere a Castelo Branco.
Os Madeirenses têm um subsídio de insolaridade; a taxa máxima do IVA é 16%; têm a zona franca que é o mesmo que dizer "zona de lavagem de dinheiro".
E o que é que os albicastrenses ganham com isto?
Só seremos todos portugueses quando formos tratados todos por igual.
De Maria a 12 de Outubro de 2011
Bem. Essa de comparar os madeirenses com os albicastrenses (embora relacionado com o anterior PM) é de bradar aos céus.
O Sr. diz-se português porque a mama tem sido muita. Não o vi escrever que a crise é para todos e que o buraco da Madeira tem que ser pago pelos madeirenses porque a justiça fiscal não tem sido igual para todos. Só quando for é que se pode considerar igual. Enquanto pagarem menos impostos e tiverem mais regalias não me venha com a história que somos todos portugueses.
Comentar post